quarta-feira, 8 de abril de 2015

PL das Terceirizações: Veja como votou cada deputado da bancada paranaense

Foi aprovada pela Câmara dos Deputados na noite desta quarta (8), o texto que trata da regulamentação do trabalho terceirizado no Brasil. Foram 324 votos a favor, 137 contra e duas abstenções. Entre os deputados da bancada paranaense em Brasília, foram 17 votos a favor e 11 contra. Veja como cada um votou, individualmente, na lista abaixo:

Votaram a FAVOR:
Osmar Bertoldi (DEM)
Osmar Serraglio (PMDB)
Sérgio Souza (PMDB)
Dilceu Sperafico (PP)
Ricardo Barros (PP) 
Rubens Bueno (PPS)
Sandro Alex (PPS)
Giacobo (PR)
Luiz Nishimori (PR)
Leopoldo Meyer (PSB)
Luciano Ducci (PSB)
Evandro Rogério Roman (PSD)
Alfredo Kaefer (PSDB)
Luiz Carlos Hauly (PSDB)
Rossoni (PSDB)
Alex Canziani (PTB)
Leandre (PV)

Votaram CONTRA:
Aliel Machado (PCdoB)
Diego Garcia (PHS)
Hermes Parcianello "Frangão" (PMDB)
João Arruda (PMDB)
Marcelo Belinati (PP)
Nelson Meurer (PP)
Assis do Couto (PT)
Ênio Verri (PT)
Toninho Wandscheer (PT)
Zeca Dirceu (PT)
Christiane Yared (PTN)

Seu deputado votou da maneira que você esperava? Fez aquilo que você esperava dele quando lhe deu o seu voto de confiança para ele em outubro passado? Se não fez, cobre-o. Jamais se esqueça de uma coisa: somos nós que os colocamos lá. Temos o direito e o dever de cobrá-los, quando fazem algo que vai contra o que eles prometeram durante a campanha.

sexta-feira, 3 de abril de 2015

A páscoa indigesta de Richa

Enquanto eu, vocês leitores e nossas famílias teremos uma páscoa tranquila, o mesmo não acontecerá com o "excelentíssimo" governador de nosso estado, o sr Carlos Alberto Richa. E o motivo da páscoa dele ser indigesta tem nome e sobre nome: Luiz Abi Antoun, aquele mesmo que a Folha de São Paulo chamou de "suposto" primo, mas que nós, paranaenses, sabemos que é primo, sem a parte do suposto.

Ontem, outra denúncia, desta vez envolvendo as esposas de Richa e Abi, Fernanda Richa e Eloiza Abi, foi publicada pelo jornal Folha de Londrina e reproduzida no site da Gazeta do Povo. A publicação da denúncia, já acabou com a páscoa da família Richa. Porém, não bastasse esta notícia, ainda teve a coluna semanal do Celso Nascimento, na Gazeta do Povo, que também falou de Richa. Entitulada de "O incrível homem que encolheu", ela fala como Richa vem encolhendo desde fevereiro, quando estourou a crise com o funcionalismo público e as primeiras denúncias da Operação Voldemort apareceram, e como a vice-governadora, Cida Borghetti (PROS), está se aproveitando do vácuo deixado por ele, que resolveu se isolar e raramente aparecer na imprensa após estes escândalos.

A páscoa na família Richa será totalmente indigesta, afinal a cada dia que passa a máscara está caindo e o povo está começando a acordar. Do jeito que as coisas caminham, já não é nada improvável pensar em uma renúncia do governador, afinal este é o maior caso de corrupção no estado desde o que ocorreu em 1971, quando Haroldo León Peres, que era o então governador (havia sido indicado pelo Médici) teve que renunciar após ter sido "pego com a boca na botija", como se diz popularmente, pedindo U$$ 1 milhão para o construtor Cecílio do Rego Almeida, que gravou a conversa. León Péres renunciou à 23 de novembro daquele ano, assumindo em seu lugar o vice, Pedro Viriato Parigot de Sousa, que também acabaria não completando o mandato, pois acabou falecendo devido a um câncer.

Sinceramente, não creio que ele vá renunciar, mas que a páscoa e os próximos meses que virão para ele serão indigestos, serão. Até o GRPCom, aliado de velha data e que lhe ajudou muito durante o período eleitoral, está o abandonando aos poucos. Se continuar assim, logo só sobrarão ao lado dele alguns poucos aliados. 

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Por que Curitiba deve investir no Monotrilho e no VLT

O tão falado projeto do metrô de Curitiba ainda não saiu do papel e já corre risco de não sair, a prefeitura jogou a responsabilidade para o Governo Federal, dizendo que a licitação do projeto depende de Brasília, conforme reportagem da BandNews FM. E também, segundo outra reportagem, o custo total das obras será recalculado segundo a inflação, ou seja. provavelmente terá aumento.

O projeto atual tem um custo previsto de R$ 5 bilhões. Se sair do papel, o governo federal irá bancar aproximadamente R$ 2 bilhões, que virão através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O estado irá contribuir através de um financiamento de 30 anos e a prefeitura de Curitiba ficará com uma parcela de investimento de aproximadamente R$ 700 milhões. O restante será financiado pela empresa que vencer a licitação.

Por este mesmo valor, a prefeitura poderia investir no monotrilho e no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e chegar à muito mais lugares do que chegará com a planejada linha 1 do metrô. Prova disto é o valor do quilômetro em cada um deles, os quais mostro abaixo:

VLT: Custa entre U$$ 20 milhões e U$$ 50 milhões/km;
Monotrilho/Aerotrem/Metrô Aéreo: entre U$$ 40 milhões e U$$ 70 milhões/km;
Metrô subterrâneo (tradicional): entre U$$ 80 milhões e U$$ 120 milhões/km.

Viram? Além de serem mais baratos, VLT e monotrilho poluem menos, tem menor impacto visual, demandam um número menor de desapropriações e tem custo de implantação menor, permitindo assim chegar a muito mais lugares do que o metrô. Pelo mesmo preço, dá para construir muito mais linhas.

Em 2012, durante a campanha eleitoral para a prefeitura, a questão do metrô na cidade e região foi discutida. O então candidato do PMDB à prefeitura, Rafael Greca, apresentou um projeto de Monotrilho (o qual ele chamou de metrô aéreo) para Curitiba e Região Metropolitana. Segundo o projeto, seriam necessários R$ 2 bilhões (os mesmos que o governo federal já garantiu mandar, através do PAC) para a construção de 115 quilômetros, sendo que na primeira etapa seriam construídos 65 km e na segunda, 50 km. Veja como era o mapa do projeto, na imagem abaixo:

Fonte: Blog do Esmael Morais.

Ou seja, por quase metade do preço do projeto atual, o monotrilho pode alcançar muito mais do que o metrô subterrâneo alcança e ainda sobrariam R$ 3 bilhões, que poderiam ser utilizados para a construção do VLT.

Greca não é o único a pensar nisto, este blogueiro que vos escreve tem uma ideia de "projeto" de VLT e monotrilho, que seriam integrados aos ônibus. Vou explicar como funciona. Seriam 17 linhas, sendo 9 de VLT e 7 de monotrilho e as linhas seriam as seguintes:

VLT:
Linha 1: Tatuquara-Pinheirinho;
Linha 2: Capão da Imbuia-Centenário;
Linha 3: Fazendinha-Portão;
Linha 4: Rodoferroviária-Aeroporto;
Linha 5: Circular Norte (Santa Cândida, Bairro Alto, Tarumã, Cabral e Boa Vista);
Linha 6: Circular Sul (no mesmo trajeto da linha Circular Sul atual);
Linha 7: Almirante Tamandaré-Rio Branco do Sul;
Linha 8: Campo Comprido-Campo Largo;
Linha 9: Pinhais-Piraquara.

Monotrilho:
Linha Azul: Santa Cândida-Pinheirinho, passando pelo Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Centro, Àgua Verde, Portão e Capão Raso;
Linha Verde: Pinhais-Campo Comprido, passando pelo Capão da Imbuia, Centro, Bigorrilho e Campina do Siqueira;
Linha Vermelha: Almirante Tamandaré-Cabral;
Linha Amarela: Centro-Boqueirão, passando pelo Parolin, Hauer e Carmo;
Linha Branca: Capão Raso-Araucária, passando pelo CIC indo pela Avenida das Araucárias;
Linha Azul: Pinheirinho-Fazenda Rio Grande, indo pela BR-116;
Linha Laranja: Colombo-Santa Cândida, indo pela Estrada da Ribeira e pela Avenida Mascarenhas de Morais.

As linhas do VLT teriam paradas durante o trajeto, que seriam integradas aos Terminais de Ônibus ou as estações do monotrilho, seja fisicamente, seja por integração temporal através de um Bilhete Ùnico. A mesma coisa valeria para o monotrilho.

Uma cidade que possui VLT e que pode ser citada como exemplo é Paris. O VLT de lá, chamado de Tramway, é um sucesso e possui 9 linhas. É possível ver como ele funciona neste vídeo aqui. Já Tóquio (Japão), Chongqing (China), Kuala Lumpur (Malásia), Mumbai (Ìndia), Dubai (EAU) e Las Vegas (EUA) são cidades que possuem monotrilho e em todas estas cidades ele faz sucesso.

Tramway/VLT de Paris, na linha 3. Fonte: Wikipédia EN.

Insistir no BRT, como prevê o plano diretor 2015, vai fazer com que o transporte coletivo em nossa cidade continue lotado, tal qual acontece hoje. O metrô subterrâneo, cujo projeto da prefeitura prevê, é bem mais caro para se construir do que monotrilho e VLT. Temos que investir neles e nas bicicletas, que são os modais menos poluentes e os mais baratos. Somente assim Curitiba voltará à vanguarda do transporte coletivo.