O projeto atual tem um custo previsto de R$ 5 bilhões. Se sair do papel, o governo federal irá bancar aproximadamente R$ 2 bilhões, que virão através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O estado irá contribuir através de um financiamento de 30 anos e a prefeitura de Curitiba ficará com uma parcela de investimento de aproximadamente R$ 700 milhões. O restante será financiado pela empresa que vencer a licitação.
Por este mesmo valor, a prefeitura poderia investir no monotrilho e no VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e chegar à muito mais lugares do que chegará com a planejada linha 1 do metrô. Prova disto é o valor do quilômetro em cada um deles, os quais mostro abaixo:
VLT: Custa entre U$$ 20 milhões e U$$ 50 milhões/km;
Monotrilho/Aerotrem/Metrô Aéreo: entre U$$ 40 milhões e U$$ 70 milhões/km;
Metrô subterrâneo (tradicional): entre U$$ 80 milhões e U$$ 120 milhões/km.
Viram? Além de serem mais baratos, VLT e monotrilho poluem menos, tem menor impacto visual, demandam um número menor de desapropriações e tem custo de implantação menor, permitindo assim chegar a muito mais lugares do que o metrô. Pelo mesmo preço, dá para construir muito mais linhas.
Em 2012, durante a campanha eleitoral para a prefeitura, a questão do metrô na cidade e região foi discutida. O então candidato do PMDB à prefeitura, Rafael Greca, apresentou um projeto de Monotrilho (o qual ele chamou de metrô aéreo) para Curitiba e Região Metropolitana. Segundo o projeto, seriam necessários R$ 2 bilhões (os mesmos que o governo federal já garantiu mandar, através do PAC) para a construção de 115 quilômetros, sendo que na primeira etapa seriam construídos 65 km e na segunda, 50 km. Veja como era o mapa do projeto, na imagem abaixo:
Fonte: Blog do Esmael Morais.
Ou seja, por quase metade do preço do projeto atual, o monotrilho pode alcançar muito mais do que o metrô subterrâneo alcança e ainda sobrariam R$ 3 bilhões, que poderiam ser utilizados para a construção do VLT.
Greca não é o único a pensar nisto, este blogueiro que vos escreve tem uma ideia de "projeto" de VLT e monotrilho, que seriam integrados aos ônibus. Vou explicar como funciona. Seriam 17 linhas, sendo 9 de VLT e 7 de monotrilho e as linhas seriam as seguintes:
VLT:
Linha 1: Tatuquara-Pinheirinho;
Linha 2: Capão da Imbuia-Centenário;
Linha 3: Fazendinha-Portão;
Linha 4: Rodoferroviária-Aeroporto;
Linha 5: Circular Norte (Santa Cândida, Bairro Alto, Tarumã, Cabral e Boa Vista);
Linha 6: Circular Sul (no mesmo trajeto da linha Circular Sul atual);
Linha 7: Almirante Tamandaré-Rio Branco do Sul;
Linha 8: Campo Comprido-Campo Largo;
Linha 9: Pinhais-Piraquara.
Monotrilho:
Linha Azul: Santa Cândida-Pinheirinho, passando pelo Santa Cândida, Boa Vista, Cabral, Centro, Àgua Verde, Portão e Capão Raso;
Linha Verde: Pinhais-Campo Comprido, passando pelo Capão da Imbuia, Centro, Bigorrilho e Campina do Siqueira;
Linha Vermelha: Almirante Tamandaré-Cabral;
Linha Amarela: Centro-Boqueirão, passando pelo Parolin, Hauer e Carmo;
Linha Branca: Capão Raso-Araucária, passando pelo CIC indo pela Avenida das Araucárias;
Linha Azul: Pinheirinho-Fazenda Rio Grande, indo pela BR-116;
Linha Laranja: Colombo-Santa Cândida, indo pela Estrada da Ribeira e pela Avenida Mascarenhas de Morais.
As linhas do VLT teriam paradas durante o trajeto, que seriam integradas aos Terminais de Ônibus ou as estações do monotrilho, seja fisicamente, seja por integração temporal através de um Bilhete Ùnico. A mesma coisa valeria para o monotrilho.
Uma cidade que possui VLT e que pode ser citada como exemplo é Paris. O VLT de lá, chamado de Tramway, é um sucesso e possui 9 linhas. É possível ver como ele funciona neste vídeo aqui. Já Tóquio (Japão), Chongqing (China), Kuala Lumpur (Malásia), Mumbai (Ìndia), Dubai (EAU) e Las Vegas (EUA) são cidades que possuem monotrilho e em todas estas cidades ele faz sucesso.
Tramway/VLT de Paris, na linha 3. Fonte: Wikipédia EN.
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